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Sadlesbeandisaster’s lesbianĮm 2017 surgiu então uma bandeira com tons de laranja e rosa, feita também no Tumblr, por um usuário de nome Sadlesbiandisaster, que prometia ser mais inclusiva, porque o laranja escuro segundo o criador significa “não conformidade de gênero”, o médio “independência dos homens” e o claro “a comunidade”. Rejeitar a heterossexualidade é, afinal, romper a feminilidade em algum grau.Īpós diversas críticas quanto ao beijo na lateral e ao fato dela remeter exclusivamente às lésbicas femininas (quem são, onde vivem, do que se alimentam?), a marca de batom foi retirada, mantendo apenas as listras em tons de rosa (tentei encontrar o que cada uma das cores significa, mas eu acredito que nem quem criou saiba não encontrei). A feminilidade continua representada nas cores, os vários tons de rosa que tantas lésbicas instintivamente rejeitam. A bandeira Lipstick Lesbian modificada para esconder a sua origem e poder ser vendida como a única bandeira lésbica, agora universal. Que saudades do SENALE e demais encontros de lésbicas em que os debates eram feitos cara a cara! duravam horas e éramos muito felizes construindo coletivamente nossa história, sem esse delírio emburrecido tanto de achismos da galerinha do “eu sinto, logo eu sou”, vulgo, crianças pirracentas. Desta forma, corrompendo a lógica da bandeira arco-íris (a bandeira do orgulho gay, que representava diversidade e liberdade), resolveram (sem muita criatividade) fazer uma com listras em vários tons de rosa para simbolizar as diversas formas de feminilidade existentes (eu nunca consigo escrever isso sem achar péssimo LÉSBICAS estarem exaltando feminilidade ao invés de estarem pisando até virarem pó todas essas regras que sempre foram usados contra nós), mas ok, vou fingir que não sinto verdadeiro horror dessa chacota para continuar a contar a história que tem rendido tretas e mais tretas nas redes sociais. A bandeira da “Lésbica de Batom” marca o abandono dos ideais feministas pelo movimento de lésbicas – porque criar uma separação simbólica com as lésbicas não feminilizadas (as “bofinhas”, as “masculinas”)? Pra gente do Blogueiras parece essa baboseira antifeminista liberal de ficar reforçando que se é “ feminista, mas feminina”.Įssa bandeira foi criada no Tumblr (acrescente gargalhadas aqui), em 2010, por uma turma que queria ter uma bandeira mais feminina e colorida ( virou carnaval). Foi por isso que em 2010 popularizou-se nas redes sociais uma bandeira dita lésbica – em tons de rosa, trazendo a marca de um beijo na lateral, de nome “Lipstick Lesbian” – que tinha como intenção a representatividade das lésbicas femininas, leia-se aqui: que usam batom (o nome da bandeira), maquiagem, roupas como saias, vestidos e salto alto (talvez essa galera precise ler Beleza e Misoginia da Sheila Jeffreys para entender o tanto que essa pressão estética é problemática). Com isso, símbolos e pautas associadas ao feminismo são atacadas como ‘conservadoras’ e ‘ultrapassadas’. Vivemos, lamentavelmente, um tempo em que reforçar os papéis e estereótipos de gênero passou a ser considerado revolucionário ao invés uma prática decadente, limitadora e patriarcal. O labrys, o machado branco ao centro, foi muito utilizado como símbolo pelas feministas lésbicas a partir dos anos 1970, e o feminismo radical contemporâneo retomou essa simbologia como forma de crítica e resistência ao queer. Apesar de criada por um homem, foi a primeira bandeira adotada amplamente pelas lésbicas, por carregar símbolos que as próprias haviam escolhido em décadas anteriores e que já eram muito utilizados. Por Marcelle Fonseca A bandeira labrys foi criada pelo designer gráfico Sean Campbell em 1999, e publicada no ano 2000 na edição da cidade de Palm Springs do jornal Gay and Lesbian Times sobre a Parada do Orgulho Gay. A bandeira lésbica não é em tons de rosa.















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